sábado, 12 de abril de 2014

Eu quero você. Com marra, com birra, com ciúmes. Eu quero você de verdade. Com chatice, com beijo na boca, com mordida, com abraços. Eu quero você, cara. Com tudo que eu tenho direito de receber. Quero você quando estiver com raiva, ou quando estiver totalmente brava. Quero você na minha cama, de preferencia, comigo. Eu quero você de qualquer jeito. Te quero de qualquer jeito. E aí, tem jeito de eu conseguir ter você? Because I love you.
Desisti. E essa é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Não vejo o que é feio e o que é bonito. Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maçã. Não ligo pra dor. Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino. Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais. Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care. 
Tati Bernardi.  

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Porque, no meio dos meus erros, o meu acerto foi você
Bom mesmo é ter o meu riso indo de encontro ao teu, ter minhas mãos se encaixando perfeitamente nas tuas, ter os teus olhos vidrados somente nos meus, ter como missão te fazer feliz, ter a certeza que o teu amor é inteiramente meu, ser o principal motivo do teu sorriso e da tua saudade, ter o teu nome citado em minhas orações, ser o teu primeiro pensamento ao acordar e o último ao dormir, sentir nossos batimentos cardíacos em um mesmo compasso ao nos abraçarmos e termos a certeza de que necessitamos um do outro. Bom mesmo é saber que em meio a dois corações feridos pela vida, ainda assim, exista tanto amor.
Ele é o sorriso depois do beijo. O abraço apertado depois da briga. A ligação na madrugada. A companhia, a cumplicidade, a amizade, a intimidade. Ele é a segurança. A certeza. O passado, o presente e o futuro. Meu futuro. Ele é o simples. É o que encanta. É o que me ganha todos os dias de uma forma diferente. É o que me tem. O que me guarda. O que me leva sempre, e para sempre, em teu coração.
Eu preciso de você com seu jeito bobo, seu jeito raivoso, seu jeito amoroso. Preciso de você com seu sorriso estampado no rosto, preciso de você mesmo triste, mesmo com raiva, preciso de você de qualquer forma, qualquer jeito.